Livros de geografia trocam paÃses de lugar
Um mapa da América do Sul, distribuÃdo para alunos da sexta série da rede pública de São Paulo, tem equÃvocos absurdos. São paÃses trocados e localizações geográficas inexistentes.A educação no Brasil anda mal. O paÃs está classificado entre os que menos se preparam em matemática e ciências, por exemplo. Não é para menos: os professores ganham pouco e são mal preparados. Mas o que não se podia supor é que os livros contenham erros graves. Mudam até a geografia. São paÃses trocados e nomes errados. Esses livros estão nas mãos de milhares de crianças e não serão recolhidos.
Milhares de estudantes da sexta série da rede pública estadual de São Paulo vão continuar usando um material que deveria ser didático. Muitos outros podem ser afetados, porque esses livros acabam em bibliotecas e são consultados por outras pessoas. Para alunos, pais e professores, trata-se de um absurdo. Para a secretaria de educação, foi um erro menor.
BolÃvia e Paraguai são um paÃs só? Existem dois Paraguais? Outro Paraguai aparece embaixo do Rio Grande do Sul, banhado pelo mar, como ele nunca foi. A geografia, à s vezes, não tem limites. Assim é a América do Sul para o aluno de sexta série da rede pública estadual de São Paulo. Um mapa está impresso em um livro distribuÃdo pela Secretaria da Educação como material de apoio.
“Parece que não houve revisão do material. Apesar de a gente tentar minimizar, como é que você inverte o Paraguai com o Uruguai colocando o nome do Paraguai dentro da BolÃvia? Você acaba criando uma confusão, sobretudo, no aluno que está em processo de formaçãoâ€, disse o professor de geografia Alexandre Zanin.
“Está faltando um paÃs também. É difÃcilâ€, comentou o estudante João Gabriel Anchieta.
“Ninguém descobriu isso. Acho que é uma coisa de responsabilidade não só pelos alunos e para eles que estão vendo que está errado e não corrigem. Ele tem que aprender o certo, e não o erradoâ€, reclamou a avó do estudante, Filomena Cabral Moreno.
“Ele atinge um público impensável. Mesmo aquele livro que está destinado a um aluno de sexta serie pode ficar depois numa biblioteca, ele pode atender a pesquisa de menino da quinta serie. Uma dona-de-casa pode ter uma informação. Multiplica-se esse erro, que parece pequeno, pelo número de alunos que vão usar esse livro hoje e tantos que possam ter acesso a esse livro durante anos seguidos. Um livro didático não pode ser um jogo de sete erros ou um complexo de pegadinhasâ€, observou a especialista em educação Silvia Gasparian Colello.
A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil produção pediu uma entrevista à Secretaria Estadual de Educação, que preferiu enviar uma nota em que diz que os livros não serão recolhidos, porque os professores foram informados dos erros e devem avisar seus alunos. Ainda segundo a nota, esses erros ocorreram devido a falhas da Fundação Vanzolini, que fez os mapas e o projeto gráfico da cartilha.
A Fundação Vanzolini, também em nota, disse que a versão correta do mapa foi colocada na página da internet, que serve de comunicação entre os professores da rede estadual. DifÃcil é convencer pais e alunos dessa explicação.
Fonte: Bom Dia Brasil
Vou repetir o que o Boris Casoy custuma falar: Isso é uma Vergonha!
Provavelmente os responsaveis pela elaboração deste material estão inseridos no grande grupo de brasileiros analfabetos geograficos. Pessoas que não conseguem sequer localizar em um mapa o próprio Estado de nascimento.Mas este fenomeno não ocorre somente no Brasil, ele é mundial.
Em meio a tantos erros absurdos e inaceitáveis, ainda me aparecem com reforma ortográfica…
O futuro do Brasil, são as nossas crianças e adolescentes. O governo tem que pensar nisso, e tomar uma atitute digna, para que os futuros brasileiros possam ter o melhor.